sexta-feira, 30 de abril de 2010

Professores ganham aumento no dia do trabalho

Professores municipais de Ji-Paraná entraram em greve entre os dias 24/03 a 1/04. Eles exigiam melhorias trabalhistas, já que tinham o pior salário do estado de Rondônia.

Na greve, os professores municipais se reuniram no gabinete da prefeitura.



Nos dias 24/03 a 1/04 os professores do município entraram em greve. Havia um motivo: "Fizemos uma pesquisa em 2009 e descobrimos que o salário do professor em Ji-Paraná era o pior de Rondônia" conta Elvis Gomes, superintendente de gestão.

A greve trouxe benefícios que prometem ser o início de uma nova era na história da educação de Ji-Paraná, já que os professores municipais conquistaram um reajuste salarial de 20% que irá valer a partir de 1° de maio – dia do trabalho. Além do aumento, o secretário José Vanderlei Nunes, o prefeito e a SEMED(Secretaria Municipal de Educação) pretendem mudar o que foi realidade em 2009, a parceria estabeleceu a meta de fazer o salário do professor de Ji-Paraná o maior do estado. "Queremos priorizar o professor, se as condições de trabalho estiverem boas haverá uma melhora na qualidade de ensino" acrescenta Elvis.

As conquistas fizeram o professor municipal ser um pouco mais valorizado. "Essa valorização é gradativa" resume o superintendente. Ele explica também que esse aumento é uma grande vitória comparando com outros lugares, "Em nível de Brasil não houve um reajuste desses nos últimos dez anos".

Ponte: Mesmo que reformar sua casa com você dentro

Apesar de parada, no dia 7 de abril, a ponte sobre o Rio Machado parou novamente, só que dessa vez foi por uma boa causa: O Movimento Ponte Livre reuniu vários manifestantes que exigiam o mais rápido possível a entrega da obra (que iniciou fim de 2008 e a entrega estava prevista para fim de 2009). O movimento foi formado por várias entidades empresariais de Ji-Paraná, uma delas foi a ACIJIP, instituição que o entrevistado Charles Hilgert faz parte, e é ele que esclareceu algumas duvidas que foram publicadas no Adão Lamota.


Os manifestantes colaram adesivos do movimento em carros e motos.


ADÃO LAMOTA - Você acha que a obra da ponte iniciou de forma planejada? Em algum momento as autoridades pensaram em não causar transtornos à população jiparanaense?
Charles Hilgert - Nós entendemos que nenhuma autoridade faria uma obra desse vulto pensando em causar transtornos à sociedade, e sim em resolver problemas maiores futuros. É certo que fazer uma obra desse vulto com fluxo de veículos sobre a mesma é muito mais difícil. Usando a comparação que foi citada pelo Engenheiro Eusébio, Diretor da empreiteira contratada, é o mesmo que realizar uma reforma em sua casa com você morando dentro.

ADÃO LAMOTA - O trânsito é uma realidade em grandes metrópoles. O que você acha dessa realidade em Ji-Paraná?
Charles Hilgert -
O grande fluxo de veículos na cidade de Ji-Paraná é fruto da atual fase de desenvolvimento e crescimento pelos quais nosso estado está passando. Prova desse fato é o aumento de empresas e novos negócios que surgiram nos últimos anos e continuam surgindo todos os dias. Isso se reflete em nossa economia, com maior distribuição dessa riqueza gerada. Todos estão podendo participar desse bom momento.

ADÃO LAMOTA - Como surgiu a ideia do movimento ponte-livre?
Charles Hilgert -
Surgiu da necessidade da sociedade em geral em função dos problemas que a obra da ponte vem infringindo ao nosso município e a todo o estado de Rondônia. É notório que essa obra é necessária, porém complexa, visto estar sendo executada ao mesmo tempo em que está sendo utilizada, porém os prejuízos que vem causando aos negócios internos de nossa cidade estão chegando a um momento crítico. Acreditamos, juntamente com várias outras instituições de nosso município, como CDL, JICRED, OAB, e outros adeptos ao movimento que foi uma maneira ordeira e sem prejuízos ao já precário trânsito na ponte, de sensibilizar os órgãos responsáveis por sua execução quanto a urgência de conclusão da mesma.

ADÃO LAMOTA - Depois de um tempo parada, as obras parecem ter voltado - com menos trabalhadores que antes - Você se sente vitorioso?
Charles Hilgert -
As entidades de classe fizeram essa manifestação no sentido de sensibilizar aos nossos mandatários sobre a urgência de conclusão dessa obra. Temos plena convicção de que todos os esforços estão sendo feitos pra acelerar ao máximo sua conclusão.

ADÃO LAMOTA - O que o senhor acha da explicação do atraso? Assis Canuto disse à imprensa que a ponte atrasou porque não estava previsto o reforço da ponte antiga, e com esse serviço adicional aumentou-se o orçamento, e projeto retornou a Brasília.
Charles Hilgert -
Até onde pudemos acompanhar através da mídia e de audiências públicas realizadas sobre o assunto, nossa ponte é de uma execução complexa, visto a necessidade da construção de duas pontes novas e de projeto moderno, uma de cada lado de uma ponte antiga, construída há mais de 40 anos e com estrutura pra veículos menores dos que estão atualmente rodando em nossas estradas. Não temos condições de opinar sobre questões técnicas da execução do projeto criado pelo DNIT pra solução dessa duplicação de ponte, mas acreditamos que todas as atitudes necessárias pra que seja concluída com agilidade e rapidez são foco dos esforços do DNIT, Prefeitura de Ji-Paraná e da empreiteira contratada.

ADÃO LAMOTA - Agora com a fiscalização do DNIT, o senhor acha que a ponte será entregue em 60 dias?
Charles Hilgert -
A obra é fiscalizada desde seu início pelo DNIT, por se tratar de obra em rodovia federal, pela Prefeitura Municipal, por ser a administradora da verba, e principalmente por nossa população, que diariamente precisa passar por ela. Em Audiência Pública realizada pela Câmara de vereadores de Ji-Paraná, foi informado pela empreiteira responsável que está com toda a estrutura pronta pra entrar na ponte e entregar somente as quatro pistas de rolagem, ou seja, a parte superior da ponte, dentro desse prazo. Porém é necessária uma autorização do DNIT pra iniciar esse processo. A obra da ponte somente será concluída após as correções na parte velha da mesma, as quais dependem dessa autorização do DNIT, e tomará mais tempo. Mas estas pistas de rolagem liberadas pra tráfego já normaliza a questão para os Ji-Paranaenses.

ADÃO LAMOTA - Já que estamos em ano de eleição, que mensagem o senhor deixaria aos políticos que irão sair e os que vão entrar?
Charles Hilgert -
Nossa mensagem é pra que estejam cada vez mais sensíveis a causas da classe empresarial, e dos demais membros de nossa sociedade. Nós já estamos com uma carga tributária sabidamente alta e precisamos de muitos investimentos em infraestrutura e nos demais serviços públicos. Nossa legislação trabalhista precisa ser modernizada, bem como a legislação tributária. Sabemos que muito esforço tem sido empregado nestes assuntos. Muito mais será necessário empregar, e com maior agilidade. Estamos convictos de que todos os candidatos estão cientes destes e de muitos outros problemas que deverão ser sanados.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Feliz código novo, feliz código velho


O novo Código de Ética Médica (CEM) entrou em vigor dia 13 de abril, e virou tema de discussão, o que algumas pessoas não sabem é que o código já existia, o que houve agora foi um tipo de atualização devido aos tempos modernos.

Por Vinícius Mello

Apesar de ser chamado de novo, o código de ética médica já existia - o primeiro foi implantado em 1944. O que entrou em vigor no dia 13 de abril é a sexta mudanças nas regulamentações, “a diferença do novo código é que haverá mais fiscalização” explica o médico cardiologista Urubatan Mello de Almeida. Uma prova disso são as faltas em plantões - algo que já era proibido antes – e que agora o hospital responderá. “Se o médico faltar, o hospital é obrigado a arrumar outro para substituí-lo”.


Outra mudança muito discutida são as receitas médicas ilegíveis. Sim, aqueles rabiscos que fazemos a maior força para tentar entender e que achamos que todo estudante de medicina aprende a ser assim na universidade, “Isso é um mito. As letras das receitas ficam assim porque o médico tem que atender muitos pacientes, é muita correria.” complementou o cardiologista. Correria não será mais motivo para garrancho já que haverá um controle mais rigoroso em cima desses profissionais. “O médico deverá se adequar as novas normas”.


A genética também foi citada no novo código. De acordo com as novas normas as manipulações em embriões estão proibidas, nada de escolher cor dos olhos, cabelo e pele ou até o sexo do bebê, nada de “fábrica de seres humanos” - algo muito discutido nas últimas décadas.


Quanto à relação médico-paciente tudo indica que só irá melhorar, principalmente quando o paciente quiser uma segunda opinião, o médico não pode opor-se a isso. Falando de atendimento médico, o cardiologista explicou que o “velho” código de ética já exigia que o paciente fosse bem tratado. “O médico deve explicar, ouvir e principalmente tratar bem. Deve haver uma empatia entre os dois”.

14 motivos para separar seu lixo


Na matéria "Coleta Seletiva: O descarte que ninguém faz" a entrevistada Cleide Resende falou um pouco sobre o problema da reciclagem em Ji-Paraná, e apesar a situação ser pessimista, o cidadão preocupado pode separar seu lixo e levar até empresas de reciclagem, pois segundo a entrevistada, as empresas que trabalham com reciclagem estão comprando lixo de cidades vizinhas.


  1. Menor redução de florestas nativas;

  2. Reduz a extração dos recursos naturais;

  3. Diminui a poluição do solo, da água e do ar;

  4. Economiza água e energia;

  5. Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo;

  6. Conserva o solo. Diminui lixo nos aterros e lixões;

  7. Prolonga a vida útil aos aterros sanitários;

  8. Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias;

  9. Diminui o desperdício;

  10. Melhora a limpeza e higiene da cidade;

  11. Previne enchentes;

  12. Diminui gastos com limpeza urbana;

  13. Cria oportunidade de fortalecer cooperativas;

  14. Gera emprego e renda pela comercialização de recicláveis.

Coleta Seletiva: O descarte que ninguém faz

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Mais Educação planta, alunos e monitores colhem

O Mais Educação, projeto do Governo Federal incentiva que os alunos passem mais tempo na escola participando de atividades. Os estudantes não são os únicos a aprenderem. Os monitores também sentem que aprenderam algo diferente em cada aula.

Por Vinícius Mello

A monitora Ruany usa versículos bíblicos para incentivar as crianças a digitar.

Quando estreou em 2008, o Projeto Mais Educação trouxe uma proposta: acesso ao conhecimento fora da velha grade escolar. Estudantes de todo o país começaram a ter atividades extracurriculares com acompanhamento pedagógico. “O Governo Federal seleciona as escolas que serão implantadas o projeto” explica Betânia Vieira de Carvalho, diretora da EMEIEF Adão Lamota, escola que adotou o Mais Educação.

A escola que Betânia é diretora foi uma das selecionadas para implantar o projeto, agora os alunos participam de oficinas de dança, informática, artes, recreação e produção de jornal. “Essas atividades só trazem benefícios, já que com o Mais Educação, as crianças passam mais tempo na escola, evitando ficar nas ruas aprendendo algo sem retorno” conta a diretora. “Outro benefício do projeto é a hora da refeição, como alguns alunos vem de famílias de baixa renda, na escola eles podem comer”.

O projeto também dá chances a estudantes como Ruany Ruiz Batista de 15 anos. Ela mora no distrito de Nova Colina, que fica a 32 km de Ji-Paraná. Durante a semana Ruany tem suas obrigações, mas é nas quartas e sextas-feiras que a rotina muda: ela é monitora de informática na Escola Adão Lamota. “Aproveito um ônibus que sempre vem a Ji-Paraná”. Ela conta que sempre planeja o que vai ensinar nas oficinas, “Preparo apostilas com antecedência para minhas aulas”.

Uma coisa ficou clara nas oficinas: os monitores também aprendem, Ruany explica que já teve experiências anteriores cuidando de crianças, mas dar aulas é a primeira vez. “Em minha opinião ensinar também é fazer parte da família”. Já Audiciane Nogueira, monitora de Matemática, diz que aprendeu a ser mais paciente e amável, porque seus alunos precisam dessa dedicação. “Gosto de ensinar matemática porque sei que ajudo a estimular a imaginação dos alunos, algo que desenvolve a personalidade deles”.

Terceiro estágio foi imunizado

Depois de profissionais da saúde, gestantes e crianças a terceira etapa da vacinação também atingiu seus objetivos, jovens de 20 a 29 anos foram vacinados contra o H1N1.

Por Vinícius Mello

Foram distribuídas cerca de 13 milhões de doses da vacina em todo o país.

Os casos de gripe suína que apareceram ano passado foram necessários para assustar a população mundial. No Brasil, a preocupação em contrair o vírus, fez com que as pessoas tomassem várias medidas de prevenção, o que ainda é necessário. A vacinação contra o vírus H1N1 chegou esse ano, trazendo algum alívio, porém as pessoas ainda devem se prevenir, como explica Vilma Gomes, técnica de enfermagem, “A vacina apenas cria imunidade, mas as pessoas ainda devem se prevenir, o hábito de lavar as mãos deve continuar”.


Para todos serem vacinados, o Ministério da Saúde separou a população em grupos, os profissionais da saúde foram os primeiros, a segunda etapa vacinou crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas, o grupo que estava sendo vacinado recentemente foram os jovens de 20 a 29 anos, os outros brasileiros serão vacinados nos outros estágios.


Desde que a campanha de vacinação veio a Ji-Paraná, o Posto de Saúde 2 de Abril chegou a atender 160 a 170 pessoas por dia. A diretora do posto, Adila Thaís de Souza Ferreira conta que as pessoas ainda têm dúvidas sobre o vírus e a vacinação. “Todos os profissionais daqui estão preparados para informar a população”.

Andressa Alves da Silva, secretária, tem 20 anos e se encaixa na faixa etária que foi vacinada até dia 23 de abril. Ela conta que ficou insegura quando ouviu rumores que havia pessoas com casos da Influenza A no estado. “Eu estava tão preocupada que lavava minhas mãos toda hora, também não vivia sem álcool gel”. A insegurança de Andressa a fez ir ao posto se vacinar com identidade e carteira de vacinação, “Fico feliz de estar imunizada”.