quinta-feira, 29 de abril de 2010

Feliz código novo, feliz código velho


O novo Código de Ética Médica (CEM) entrou em vigor dia 13 de abril, e virou tema de discussão, o que algumas pessoas não sabem é que o código já existia, o que houve agora foi um tipo de atualização devido aos tempos modernos.

Por Vinícius Mello

Apesar de ser chamado de novo, o código de ética médica já existia - o primeiro foi implantado em 1944. O que entrou em vigor no dia 13 de abril é a sexta mudanças nas regulamentações, “a diferença do novo código é que haverá mais fiscalização” explica o médico cardiologista Urubatan Mello de Almeida. Uma prova disso são as faltas em plantões - algo que já era proibido antes – e que agora o hospital responderá. “Se o médico faltar, o hospital é obrigado a arrumar outro para substituí-lo”.


Outra mudança muito discutida são as receitas médicas ilegíveis. Sim, aqueles rabiscos que fazemos a maior força para tentar entender e que achamos que todo estudante de medicina aprende a ser assim na universidade, “Isso é um mito. As letras das receitas ficam assim porque o médico tem que atender muitos pacientes, é muita correria.” complementou o cardiologista. Correria não será mais motivo para garrancho já que haverá um controle mais rigoroso em cima desses profissionais. “O médico deverá se adequar as novas normas”.


A genética também foi citada no novo código. De acordo com as novas normas as manipulações em embriões estão proibidas, nada de escolher cor dos olhos, cabelo e pele ou até o sexo do bebê, nada de “fábrica de seres humanos” - algo muito discutido nas últimas décadas.


Quanto à relação médico-paciente tudo indica que só irá melhorar, principalmente quando o paciente quiser uma segunda opinião, o médico não pode opor-se a isso. Falando de atendimento médico, o cardiologista explicou que o “velho” código de ética já exigia que o paciente fosse bem tratado. “O médico deve explicar, ouvir e principalmente tratar bem. Deve haver uma empatia entre os dois”.

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