Se a árvore Vitória pudesse falar, contaria muitas histórias. Ela chegou na escola Adão Lamota como uma pequena muda entre os anos de 1998 e 1999. Sua magreza e aparente “falta de nutrição” fazia as pessoas pensarem que não passaria dali. “A árvore era fininha com um pouco mais de um metro, achávamos que a morte dela era certa” conta Jane Maria Rodrigues, professora da escola desde 1996.
Além de ser debilitada, a árvore agüentou muita peraltice, “As crianças viviam passando por cima dela, a árvore quebrou várias vezes” relata a professora. O clima ajudava a judiar de Vitória, “A chuva deixava as raízes dela encharcadas, e ela caia”.
Felizmente a natureza foi mais forte. Vitória é um pau-brasil, e por ser brasileira não desiste nunca. Professora Jane reflete: “Ninguém achava que ela ficaria como é hoje”. Vitória está no pátio da escola, motivo que a faz participar das brincadeiras das crianças que sobem nela, aproveitam sua sombra e os fortes galhos para amarrar cordas e fazer um balanço.
Professora Jane conta ainda que o que um aluno de seis anos com Síndrome de Down faz: “A primeira coisa que ele faz quando chega a escola é procurar a árvore para brincar com suas folhas”.
Vitória ainda tem tempo para ensinar crianças e adultos a melhor lição: a de ser persistente para conquistar a vitória.
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