sábado, 29 de maio de 2010

A água não pode esperar



Na manhã de 21 de maio, sexta-feira, um trator foi arrumar o chão de terra das ruas Dom Bosco e Vilagran Cabrita, ambas pertencentes ao bairro Casa Preta. A vendedora Maria José da Conceição escutou um barulho na rua e foi verificar, “O motorista passou com o trator em cima de um cano e o quebrou” relata.


Sueli Araújo Rodrigues, outra moradora conta que não é a primeira vez que acontece isso no local. “Moro aqui há 19 anos, e todo ano vejo um trator quebrar um cano”. Sueli diz que sua ex-vizinha sofria com isso, “Ela ficava sem água e quando procurava a CAERD, eles demoravam entre 20 a 30 dias para arrumar o cano”. Por causa disso, essa ex-vizinha mudou-se para Vilhena.


Aparentemente ninguém ficou sem água no bairro. Aquela sexta-feira acabou e o fim de semana chegou, o cano quebrado continuou a desperdiçar água. As crianças logo acharam uma utilidade: “Era tanta água jorrando que as crianças resolveram tomar banho e se divertir” conta Elielson Santos, morador do bairro há um ano.


Ainda no sábado, dia 22, o Jornal Adão Lamota entrou em contato com a CAERD. Dos cinco números de telefone disponíveis na lista de contato da cidade, apenas um atendeu. O atendente não soube responder as informações, porém, disse que mandaria funcionários para verificar o problema. Os moradores dizem não ter visto ninguém.


Durante o fim de semana o cano não foi concertado, a água continuou “indo embora”. O problema só foi resolvido na manhã de segunda-feira, dia 24 de maio, três dias depois.


Cleide Resende, coordenadora do curso de biologia do Ceulji/Ulbra, acha que essa demora foi um descaso com a água, um recurso que pode acabar. “A CAERD poderia ter um plantão para poder conter esse desperdício”, Ela ainda conta que “não é a primeira vez que eu me deparo com uma situação dessas, já vi canos estourados como esse e a CAERD também demorou tomar providências”.

Clique aqui e veja um vídeo do cano estourado

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